A oralidade e a escrita foram instrumentos essenciais para a construção da sociedade. A partir delas, estruturas de imaginários sociais se desenvolveram, dando origem a políticas duras e disciplinadoras, relações entre classes, gêneros e ao próprio desenvolvimento e estruturação da ética. Sustentado pelas raízes, da impessoalidade da oralidade e com o ideal de autoridade, lógico e estrutural do texto, o hipertexto dialoga de maneira mais flexível, pois funciona de forma mais independente do que as páginas de um livro, já que se utiliza de uma rede de conexões e de uma convergência de recursos midiáticos, como o vídeo, a fotografia, o áudio, a intertextualidade.
Contudo, percebe-se uma busca pela fluidez do texto, ao invés da opressão da unidade simplista da gramática, da língua e dos valores sociais.
O hipertexto é um conjunto de nós com significados interligados, por conexões entre palavras, páginas, fotografias, imagens, gráficos e seqüências sonoras, formando narrativas digitais que superam as limitações da tradição da escrita e da oralidade, pois não buscam isolar ou fragmentar o sentido do texto ou do discurso, mas ampliar a rede de significações. Pode-se dizer que, o hipertexto funciona a partir da convergência da oralidade, da escrita, da intertextualidade e de recursos audiovisuais, que de alguma forma se desenvolve, por um modelo caótico em que não é preciso uma hierarquia de informações, mas uma ramificação pela contaminação de diversos meios.
Recursos, como o hiperlink, permitem que o hipertexto quebre com o pressuposto lógico da linearidade do texto tradicional, já que torna possível romper um texto em qualquer ponto e configurá-lo para outros caminhos, revelando uma autonomia das partes em relação ao todo (organismos dinâmicos), o configurando como uma percepção de interconectividade capaz de romper com o modelo de hierarquia, centralização e liderança.Contudo, percebe-se uma busca pela fluidez do texto, ao invés da opressão da unidade simplista da gramática, da língua e dos valores sociais.
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